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27 de novembro de 2012

20th Century Boys #1 - Panini

Essa turminha do barulho vai se envolver em altas confusões!
Chegou as bancas, em setembro, pelo selo Planet Mangá da Panini,  o mangá 20th Century Boys de Naoki Urasawa. A obra, elogiada mundo a fora, é considerada um suspense da mais alta qualidade.

Publicado entre os anos de 1999 e 2006, na antologia Big Comic Spirits, o mangá rendeu 22 volumes tankobon encadernados e uma continuação direta no ano de 2007, 21th Century Boys,  também já finalizada, com apenas dois volumes. A série ganhou o Kodansha Manga Award de 2001 (categoria geral) e de prêmios no Japan Media Arts Festival e Shogakugan Manga Award.

Na história, acompanhamos Kenji e seu grupo de amigos, que durante a infância construíram uma base secreta, onde faziam reuniões para ler mangás, ouvir músicas, conspirar sobre organizações que planejavam dominar o mundo e como o grupo de amigos salvaria o planeta. Tudo na cabeça deles, ao menos era o que pensavam.

Já adultos, os amigos se reúnem para o casamento de um dos membros e, logo em seguida, são surpreendidos pela morte de um dos integrantes do antigo clubinho, que deixa para Kenji uma carta perguntando se o amigo se lembra "daquele símbolo.


Curiosamente, o grupo, na infância, escreveu um livro de profecias,  narrando como o mundo seria destruído por seus inimigos, e como os amigos salvariam todos. Eles começam a perceber  que uma seita religiosa, comandada por um homem intitulado "o amigo", vem seguindo à risca todos os passos desse manual, e usando o mesmo símbolo do clube de Kenji e companhia.

A história gira em torno de como uma ideologia pode dominar uma sociedade doente e alienada. Por meio do Partido Democrático da Amizade, o "amigo" expandirá sua  atuação por todo o mundo, e realizará façanhas que surpreenderão até mesmo aqueles que estão acostumados com histórias mais maduras, como os mangás seinen.

Lembrando que 20th Century Boys, durante seus dois primeiros anos, foi feito ao mesmo tempo que o mangá Monster, o qual foi concluído em 2001 no Japão. Atualmente, lançado também pela Panini. Dobradinha de Urasawa.


Quanto à versão brasileira do mangá, sabe-se que as capas originais do mangá não são a melhor coisa do mundo. Porém, a Panini não parece ter se esforçado para melhorar isso.

Enquanto a VIZ, nos Estados Unidos, fez uma capa limpa, totalmente renovada, a Panini, que parece ter tido a mesma liberdade, investiu em algo muito poluído, um visual com muros pichados e adesivos sendo colados no mesmo.

Além do mais, na capa tem o nome do autor, Naoki Urasawa, que é sobreposto por um desses adesivos com o mesmo nome. Parece que essa capa não ficou a cargo da Beth Kodama...

O primeiro volume traz  os 10 primeiros capítulos da série e ultrapassa as 200 páginas, lembrando que o primeiro capítulo costuma ser maior. O glossário ocupa quatro páginas e explica tanta coisa que se aprende até sobre guerra fria, perestroika e glasnost (sério).

Ficou muito completo. Talvez algumas explicações pudessem ser dadas no rodapé, mas a julgar pela diagramação do título, não seria possível nem para as mais curtas. Ah, e para quem começar a ler no sentido ocidental, a Panini reservou uma surpresinha bem divertida.


Se o mangá continuar sendo publicado bimestralmente e não atrasar, 20th Century Boys será concluído em novembro de 2015. Contando que a Panini trará também a continuação direta, 21th Century Boys, a saga de Kenji e cia chegará ao fim em março de 2016.

Leitura mais que recomendada. Capa realmente é questão de gosto e, como puderam ver,  não curti. Periodicidade bimestral para o título pode ser um martírio para alguns, mas ao passo em que um mês temos Kenji, no outro temos Dr. Tenma, em Monster, do mesmo autor.

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